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21/06/2023

Crea Mato Grosso ressalta trabalhos desenvolvidos por engenheiros agrimensores

Crea Mato Grosso ressalta trabalhos desenvolvidos por engenheiros agrimensores Divulgação

Neste mês de junho, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), irá homenagear o engenheiro agrimensor, comemorado no dia 04 deste mês, destacando a importância desta modalidade do Sistema Confea/Crea.

Com graduação em Engenharia de Agrimensura na Universidade do Extremo Sul Catarinense em 1979, pós-graduado em Matemática e mestrado em Engenharia de Produção, o eng. Luiz Carlos da Silveira, editor da revista A Mira, foi professor durante 40 anos, no curso de Engenharia de Agrimensura pela mesma universidade em que se graduou, em Criciúma – SC. Lecionou as disciplinas de Topografia, Geodesia, Astronomia de Campo e Topografia de Minas, lecionando também no curso técnico de Cerâmica nas disciplinas de Geologia e Mineralogia, além de trabalhar como engenheiro em uma multinacional de produção de cimentos, de 1973 a 1988

Gemar- O que mais chamou a sua atenção para entrar na área de Eng. de Agrimensura?

Luiz Carlos– Meu pai era topógrafo das minas de carvão. Nos finais de semana e durante as férias escolares, trabalhava com ele no traçado de estradas no modo exploração locada. Com 9 anos, aprendi a usar a régua de cálculo e ajudava no cálculo das planilhas. Como técnico de mineração fui trabalhar com topografia em uma mina da empresa de produção de cimentos. Quando foi implantado o curso de Engenharia de Agrimensura, em Criciúma, entrei para a primeira turma, entre os anos de 1975 e 1979.
 

Gemar- Qual maior desafio do Eng. agrimensor?

Luiz Carlos- Existe atualmente, no Brasil, algo em torno de 30 milhões de imóveis irregulares. O principal desafio para o Engenheiro Agrimensor, (atualmente engenheiro de Agrimensura e Cartografia) é a regularização destes imóveis. Um outro desafio para o profissional desta área é a aplicação de novas tecnologias no mapeamento do território brasileiro para o desenvolvimento de infraestrutura como estradas, rodovias e ferrovias, linhas de transmissão de energia elétrica, usinas de geração de energia elétrica e, em especial, o mapeamento de áreas urbanas para o Cadastro Multifinalitário e Georreferenciamento dos Imóveis Urbanos.

Gemar- Como é o mercado de trabalho para Eng. Agrimensor?

Luiz Carlos- De todas as áreas da engenharia, a eng. de Agrimensura e Cartografia possui, atualmente, o melhor mercado de trabalho. Algumas ações recentes necessitam muito destes profissionais. Dentre as quais podemos citar: Usucapião administrativa;
Regularização fundiária urbana pelo Reurb; Georreferenciamento de imóveis rurais e urbanos; Regularização fundiária de imóveis rurais e urbanos pela estremação e adjudicação; Desmembramento e desdobro de áreas urbanas e rurais; Mapeamento de áreas urbanas para o cadastro técnico multifinalitário – Sinter.

Gemar- Como o senhor avalia o campo de atuação dessa modalidade em Mato Grosso?

Luiz Carlos – Para estas atividades, a atuação do eng. de Agrimensura e Cartografia é extensiva para todos os estados brasileiros. Em especial, para a região Centro-Oeste, estes profissionais têm uma presença marcante na agricultura. Na área do georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo, com prazo terminando em 2025, há a demanda de que todos os imóveis rurais sejam georreferenciados.

Gemar- Em relação ao salário-mínimo profissional qual sua avaliação?

Luiz Carlos – A grande maioria dos profissionais, ao se formarem nesta área, partem para atuação profissional autônoma. Alguns profissionais montam sua empresa de topografia, no entanto, em função do alto custo dos equipamentos precisam de um suporte financeiro. No início das atividades a modalidade de aluguel pode ser uma alternativa viável. Os profissionais que atuam em empresas de topografia ou órgão públicos, com destaque às prefeituras, têm um salário inicial como estagiário compatível com o mercado. Uma alternativa de mercado é a participação em concursos públicos, principalmente nas prefeituras, onde o salário é compensatório.

Gemar- E os profissionais do Sistema Confea/Crea, tem recebido a valorização merecida, sejam eles repartições públicas ou privadas?

Luiz Carlos- Na atividade privada, as empresas pagam o valor de mercado que têm uma variação muito grande em algumas regiões brasileiras, à exemplo do estado de Santa Catarina. Já em empresas públicas o salário do engenheiro, normalmente, é equivalente ao salário-mínimo profissional indicado pelo sistema Confea/Crea. Dada o grande mercado de trabalho para os profissionais da área de engenharia de agrimensura e cartográfica, principalmente na área da regularização fundiária, uma alternativa real é a atuação como profissional autônomo. Para esta atividade, o profissional tem que aplicar o marketing profissional visitando as comunidades rurais e mantendo contato com advogados, corretores de imóveis, e iniciativas imobiliárias. A divulgação do seu trabalho em empresas de projetos/consultoria também ajuda na prestação de serviço na área de agrimensura.

Fonte: Cristina Cavaleiro / Gerência de Relações Públicas, Marketing e Parlamentar (GEMAR)

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