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20/12/2023
IBGE operacionaliza seis novas estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo e publica as séries temporais de redes geodésicas
O IBGE coloca em operação seis novas estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS, para o georreferenciamento de precisão, instaladas nos seguintes municípios: Blumenau (SC), Cascavel (PR), Guajará-Mirim (RO), Guaíra (PR), Irecê (BA) e Resende (RJ), e publica, também, a atualização das séries temporais das Estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS.
Com essas novas adições, a RBMC conta hoje com 147 estações. A operacionalização e manutenção das estações da RBMC são de responsabilidade da Coordenação de Geodésia do IBGE, em cooperação com as Superintendências Estaduais, universidades e instituições públicas. Os dados GNSS disponibilizados diariamente no portal do IBGE, são públicos e gratuitos, utilizados em diversas atividades, como a demarcação de propriedades urbanas e rurais, agricultura de precisão, pesquisas científicas e estudos sobre a variação do nível do mar na costa.
Sobre a RBMC, a coordenadora de Geodésia do IBGE, Sonia Costa, explicou que “os dados GNSS são usados por diversos profissionais, dentre os quais destacam-se os topógrafos, que realizam levantamentos não somente para delimitação de propriedades rurais e urbanas, como também os que trabalham em concessionárias de energia, águas e telefonia, entre outras atividades da nossa economia que demandam o georreferenciamento de precisão. “
Desde 2005, qualquer geoinformação produzida no Brasil deve estar referida ao SIRGAS2000, referencial geodésico adotado oficialmente através da Resolução do Presidente (RPR) do IBGE Nº 1/2005. O acesso a este referencial, bem como o seu monitoramento, se dá através de uma rede geodésica de referência, que no caso do SIRGAS2000, é materializada através da RBMC.
“As estações do RBMC são as referências, sendo utilizadas com a finalidade de fazerem o papel de origem ou partida, ou seja, disponibilizamos os dados GNSS e coordenadas para que o usuário, no caso, um topógrafo, precise apenas de um equipamento, pois o outro equipamento está na estação da RBMC. Publicamos esses dados diariamente e temos uma meta de publicações por mês", acrescentou Sonia.
Desde 2017, com a inclusão da RBMC como um dos projetos estratégicos da instituição, as estações vêm recebendo uma especial atenção na modernização dos equipamentos, os quais além de rastrear os satélites das constelações GPS e GLONASS, também rastreiam sinais transmitidos pelos satélites das constelações Galileo (sistema europeu) e Beidou (sistema chinês), como em quatro das seis novas estações.
Como parte do projeto estratégico de Ampliação da Rede, novas estações foram estabelecidas em 2023, assim como outras melhorias. (Estação RBMC em Resende, RJ)
Além disso, os novos equipamentos possuem uma maior capacidade de armazenamento, permitindo a publicação de arquivos com intervalo de coleta de 1 segundo, além dos arquivos diários de 15 segundos, melhoria que vem sendo implementada desde 2018. Com isso, a RBMC conta hoje com 53 estações coletando e publicando dados GNSS de 1 segundo. A ferramenta personalizada de download dos dados disponível aqui, possibilita ao usuário a obtenção desta densa massa de dados de forma mais amigável, conforme as suas necessidades.
Um outro serviço prestado pela Coordenação de Geodésia é o RBMC-IP, que possibilita o georrefenciamento em tempo real através de internet móvel, resultando em coordenadas de precisão centimétrica desde que o usuário esteja realizando a sua atividade num raio de até 30 km de distância de uma estação da rede.
Conjunto de Estações Geodésicas - EEGG publicadas no Banco de Dados Geodésicos - BDG
O IBGE também está divulgando, um conjunto de novas estações gravimétricas (EEGG) que foram incorporadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) ao longo do ano 2023, cujas informações são publicadas e disponibilizadas aos usuários através do Banco de Dados Geodésicos - BDG disponível aqui.
Medidas desde a década de 40, seguindo uma grade de 5’ x 5’ ou o sentido das estradas (referências de nível), podendo ou não ser materializadas no terreno, as EEGG do IBGE são uma das componentes do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).
Dada a melhoria que tal medida incorporou a componente altimétrica desde o último ajustamento da RAAP – Realt2018, inserindo o sentido físico da representação do fluxo das massas d’água, essa atividade é essencial para atividades de infraestrutura no país, como ordenamento territorial, construção de estradas, pontes, barragens, agricultura de precisão e localização de serviços públicos (energia, gás e saneamento básico).
Além disso, ao servir como base para a produção de modelos de conversão de altitudes, como o Mapgeo1994, Mapgeo2010, Mapgeo2015 e o mais recente hgeoHNOR2020, as EEGG proporcionam à comunidade usuária de equipamentos GNSS a capacidade de obter altitudes relacionadas ao campo gravitacional da Terra. Para mais informações sobre o Novo Modelo de Conversão de Altitudes – hgeoHNOR2020, consulte aqui.
Fonte: IBGE - Esther Gama, sob supervisão de Adriana Saraiva